30 de janeiro de 2009

Honra ao mérito


Deixa eu agradecer desde já a minha mais brilhante comentarista. Pessoa essa que gosta tanto quanto eu (ou até mais) de escrever e ficar soltando ideias por aí. Claro, ela é mais cativante. Mais energética, mais supra-sumo. Obrigada Srta. Fã de Harry Potter. Apesar desse meu narizinho em pé, dessa pose toda, acreditem, eu sou maluca pelas estórias do bruxinho também.

Apesar disso tudo que vou falar ser pra agradecer e angariar comentários dos muitos que visitam meu blog não posso conter minha imensa nostalgia. Pensar em um membro de um time é pensar em todo o time na maioria das vezes. E assim é no nosso caso.

Minha "High School" foi bem diferente da dos filmes e séries. Não tive apenas um escaninho, tive dois. No meu segundo lar eles estavam a sua disposição, muito melhor. E essa expressão serve muito bem. Aquilo lá foi mesmo meu segundo lar. Quando beiro o rio Maracanã e vou seguindo o elevado que desemboca na Radial Oeste a sensação é a mesma de quando você passa por aquela antiga casa que você morou.

Lá aprendi a me guiar muito bem como podem ver. Comecei me guiando pela escola e depois pelo mundo. Poucas coisas são tão boas como ser livre. Poucas oportunidades também exigem tanta responsabilidade. Mas lá parecia que estávamos no mesmo barco desde sempre. Marujos loucos pra explorar.

Vai deixar não só saudades, vai deixar tanto. Tanto que segunda eu to lá de novo. A vergonha do que é infantil eu já superei, como não superar também? ... Eu vou lá nem que seja pra sentar num banquinho azul e ficar espiando como tudo começou. E ficar espiando tudo, porque ficar espiando tudo ainda é muito pouco.

Apesar da maré não estar muito boa pro meu lado, lá a onda arrasta tudo de pior. Mistérios do mar. Mistérios da High School. Nossos mistérios. Sou eterna aluna da vida, eterna amante do mundo, eterna guardiã desses nossos segredos (eterna aprendiz de feiticeiro?).

Pois é. Postem, pois preciso me orientar por estar perdida, solta agora nesse mar sem fim. E como é inevitável fazer de tudo poesia vou-me indo. Premiando aqueles que como eu souberam o que é essa juventude. Premiando aqueles que a viveram comigo. Perdendo ou ganhando c-leção, uma salma de palmas pra todos nós.


O veredicto da frustração



Página em branco de um caderno velho e você obrigado a fazer uma redação. Esqueçamos o fato de que adoras formar frases, criar palavras e edificar um texto; e se por exemplo você quer escrever em diagonal? De trás pra frente?

Que confusão, todo mundo tem muito pra falar. Ou nada. Admiro muito estes que nada falam, parecem estar em eterna meditação. Ou tagarelemos simplesmente, fatalmente (saudade de ouvir gente falando difícil).

Eu obrigada apenas a pensar em um futuro que nem sei se tenho. Fadada a optar. Fadada a optar? Prefiro todas as opções ao mesmo tempo. Eu obrigada a me envergonhar, da minha pessoa por não ter sido bem julgada. Certamente por também ser muito metida. Cheia de mim. Eu pequei mesmo pela soberba. Sonhar demais faz mal, ouçam o que eu digo. Tenham a plena consciência de que somos todos humanos, suscetíveis ao erro.

Eu não passei. Eu chorei. Me frustrei. Me confundi. Estou perdida. Procurando as primeiras palavras pra escrever o primeiro parágrafo desse novo capítulo da minha vida. Infelizmente meu raciocínio é dos que fica congestionado. Muitos veículos; todos coloridos; ainda bem.

E certezas, na minha opinião, valem tão pouco. São tão passageiras. Vale tentar, apesar do ser humano, vale errar e talvez acertar. Vale viver.

Quem sabe em meio as tentivas agente não VIVE mesmo? Vai vivendo e fazendo arte. Vai transformando a vida em arte. Talvez até se descubra uma arte que é nossa, algo maior pelo que também vale persistir. E aí julgamentos serão julgamentos, . Pois não é que a felicidade está somente no fato de agir...

15 de janeiro de 2009

Lembrança num álbum


Apesar de muitos não gostarem de fotos da infância eu sou apaixonada por elas e o texto, que eu gosto muito, coube direitinho.
Lembrança num álbum

Como o triste marinheiro
Deixa em terra uma lembrança,
Levando n’alma a esperança
E a saudade que consome,
Assim nas folhas do álbum
Eu deixo meu pobre nome.
E se nas ondas da vida
Minha barca for fendida
E meu corpo espedaçado,
Ao ler o canto sentido
Do pobre nauta perdido
Teus lábios dirão: - coitado!
Casimiro de Abreu

9 de janeiro de 2009

Como opinar aos quatorze


Sou a rainha das relíquias e lembranças, o que provavelmente seja minha maior indicação para a pesquisa histórica; afinal se eu posso começar a entender o mundo através de documentos e objetos, que eu comece pelos meus.

Organizando o meu singelo amontado descobri uma pasta com redações do final do ensino fundamental e entre as dezenas uma despertou-me um profundo interesse. Não me lembro ao certo, mas a professora deveria ter pedido que os alunos escrevessem sobre o catastrófico acontecimento Katrina.

O que me encorajou à postá-la aqui não foi o fato de eu me identificar imensamente com a ordem frasal e os arranjos linguístico, apesar de provavelmente eu compreendê-la com mais facilidade (e achar esse fenômeno uma delícia!). Nem a lembrança do acontecimento, nem uma certa obsessão por atores hollywoodianos, como pode-se observar.

O sétimo parágrafo é um presente! Algo como uma luz no fim do túnel... Pelo simples fato de carregar a mais profunda crítica em uma mistura de delicadeza e deselegância, se é que tais característica podem se fundir. Apesar de todas as minhas aulas de argumentação para redações de concursos, sou mais esse método; sou da galera da "sapatada".

Não corrigi os erros por preguiça e por achar que talvez tornaria tudo mais sem graça. Divirtam-se!

(sem título)

Há duas semanas um furacão denominado "Katrina" arrasou o leste dos Estados Unidos. A contagem até agora aponta que há cerca de duzentos e quarenta e cinco mortos só em Nova Orleans, uma das cidades mais belas do país e também uma das mais devastadas.
Os muitos desabrigados estão prescisando urgentemente de ajuda e lentamente ela começa a chegar.
O ator Jhon Travolta é um exemplo; ele está trasnportando mantimentos e utensílios necessários para todos com seu avião.
Outro exemplo é Shean Peen, outro aclamado ator norte-americano que está em Nova Orleans, ajudando não apenas financeiramente, mas também na assistência socail; é um dos que ajudam a tirar pessoas dos escombros.
Muitas ONGs estão tralhando para ajudar os necessitados à sobreviverem, levando à eles o que precisam.
A mobilização da população também é muito grande; grande parte dos objetos e alimentos duados pela população está sendo utilizado diariamente.
Com o visível descaso do governo com esse necessitados estas ajudas são muito "bem-vindas" e estão ajudando a população a se desenvolver novamente em outras áreas.
É possível ainda se surpreender com os seres humanos e perceber que com todos trabalhando unidos pode-se tentar recuperar a mais "perdida da causas".

Autor desconhecido

8 de janeiro de 2009

A nova ordem mundial


Que atrevimento ser jovem! Achar que lutas, sejam elas particulares ou não, modificarão a humanidade, talvez a Terra e o Universo. Como foram tolos aqueles que encenaram a tal transposição de barreiras. Foi tudo mera ilusão da juventude. E eu, como tal, estou também me atrevendo a ser demasiadamente pessimista, demasiadamente irônica, demasiadamente demais.

Que estupidez classificar gerações. Somos certamente a pior geração que existiu. Por preguiça, indiferença ou acomodação preferimos digitar poucas palavras que não alterarão em nada esse dia-a-dia. Dia-a-dia ainda se escreve assim?


Como não nos envolvemos em lutas épicas pela renovação do carácter humano acabamos mudando mesmo a língua portuguesa. Viu? Eu mesma já estou reprovando qualquer alteração no mundo em que me criei: ficaremos mesmo como os nossos pais? Ou apenas repetiremos ralos versos musicais que significam pouco ou nada.

Eu luto contra o estereótipo e acho que possivelmente essa é nossa maior ditadura. Ser igual à todos é incômodo, mas não é necessário? Não nos adequa ao mundo em que queremos nos adequar? Afinal como ser bem-sucedido sem ser normal, sem ser igual?

Hoje faço questão de admirar quem não é bem-sucedido. Quem foi morar na rua, vive de música e passa do meu lado indo fazer seu trabalho, cumprimentando a rapaziada. Admiro um outro que ainda mora na rua e vive à escrever; talvez nem escreva mesmo, mas pelo menos só finge fazer aquilo que eu acho que faço. Outra guerra: "crescer na vida". Somos impostos à ela.

Os jornais, as revistas, os comerciais, a mídia colore aqueles que parecem ser muito felizes. Se são realmente não sei, mas gosto de aproveitar cada momento infeliz da minha juventude; tentando entender quais as minhas revoluções, quais as nossas. Acho que ultimamente só tento me transformar numa heroína, sonho bobo de criança. Salvar o mundo dos nossos atuais problemas é apenas o amadurecimento desse capricho.

Ser a gente mesmo não é fácil. Se adequar nos deprime, reclamar nos envergonha, não ter sucesso nos desonra, não ter futuro nos mata.

Por isso escrevo, porque hoje descobri que não sei absolutamente nada sobre o meu futuro; e isso, que antes alimentava as minhas esperanças, agora me assusta tremendamente. Culpa do meu mundo. Por um futuro? Que ordem é essa que tentamos impor ao mundo. Sou fã do natural e o natural do mundo é ser desordenado e tão bonito assim.

Desisto de por ordem em mim, pois sou provavelmente parte do futuro do mundo.