29 de novembro de 2011

vrum vrum vrum


Vivi bem quando no passado tocava mesmo o tamborim mais bonito que os de todos os outros era o meu favorito em suas mãos mais bonitas que as de todas as outras que Vivi era mesmo um desenho sem margem pra não ficar fácil de tocar eu não sei mas Vivi enquanto foi bom bastante durou mais que todo o resto que Vivi.

Vivi é um vão no carrinho. Todo homem devia ganhar seu vermelho de rodinhas e corda resistente ainda pequeno. Vivi voando até que um chapéu voador caiu sobre mim. Fiquei feito elefante na boca da jibóia. Todo homem devia entender mais de chapéu. Vivi vindo sem ter nome até você me assoprar.

Diz pra mim seu signo. Me mata um pouquinho não poder terminar o menino que leva no vão do carrinho um negócio assim meio sem nome como eu. Diz pra mim teu sonho. Dá preu te hipnotizar bastante até chegar num meio de um monte de treco que a princípio não serve pra nada e apesar tá entre a confusão de tranqueira do seu automóvel e a confusa Tamarineira que a inspiração me dá.

Eu vou viver o verão de sonho até o que vivi partir e voar. Você chegou no meio de uma caçamba e eu me pus num vazio feliz deu ali estar. Vamos fingir que escreves pra mim, que finjo decolar. Dou gás num bocado de pensamento que em mim eu te apresento faz questão de sair assim meio torto todo inúmero de falas prosaicas e leves e loves de banal tem só palavras que no fundo guardam algum disfarce pra não se denunciar. 

18 de novembro de 2011

Os Traços


Por Google Tradutor

Tarde de sábado no mundo maravilhoso dos shoppings centers. Chega lá uma doce criatura devota das dádivas ininterruptas. Ela diz:

- Vai ser rock`n roll de novo, gracinha. Não tente separar atos e omissões, bondades e maldades.

- Qual é o brinde? – eu pergunto apressada.

- Olha, acompanha três desses pacotinho-surpresa.

“Essa gente meio que deixa a gente meio sem saber se tá usando o plural da maneira correta” eu pensei. Em seguida tentei decifrar aquelas mini-embalagens plásticas em formato quadrado com cores opacas e nada tímidas.

- Maneiro. Você sabe o que vem dentro?

- Uma proteção de látex pro brinquedo que veio junto com a promoção do mês passado.

Eu tive a estranha impressão de já ter brincado com tudo aquilo.

- Eu vou querer o número 2, então. Mas não conta pra ninguém que como carne que eu andei mentindo por aí...

- Bebida?

- Carlsberg.

- A Devassa acompanha o tema do mês...

- Ok, Devassa. Enche a caixinha de ketchup. Enche mesmo.

Que saudade de sentar na praça de alimentação com aquele projeto de felizesparasempre entre você e seu hambúrguer. No início do ano eu fiz o mesmo e foi Gostoso Demais.

Pausa.

Isso aqui tá com cara de expectativa. Cara daquilo que a Fernanda falou dois anos atrás. Esse laranja berrante, o néon do bate-bate. Há três dias uns ursos polares resolveram habitar a minha barriga. Eles clamam por um Mc Lanche Feliz e eu resolvi ser bem-resolvida agora? Não mesmo! Trata de cair de boca nesse sanduíche.

- Moça, veio duplo.

- É a novidade da sua vida amorosa. Você compra uma frustração e a outra acompanha.

Sentei. Comi. Senti que nem mesmo uma dúzia de Devassas desceria aquela bosta meio magra e sem-sal entalada na minha garganta. Eu não queria passar mal. Você sabe como é... Bruna is the new black e eu tava a caráter. Ela ajudou:

- Olha tigutiguti! Você pode destacar uma guitarrazinha da caixa de papelão.

Os caras que cuidam do projeto gráfico do Mc deveriam ser mais ousados. Tais formatos existem desde a minha infância.

Pausa. Eu acabo de revelar que não sou uma menina e os erros de pontuação são uma tentativa tola de estilo.

- Ei! Eu acabo de me lembrar que deveria vir um brinde...

Nessa hora você remexe aquele lixo todo dentro da caixa e percebe que foi ludibriado.

- Desculpa, querida. Nós vamos estar lhe providenciando outro brinde.

Malditos paulistas donos de centrais de tele-atendimento.

- Pronto. Com isso você poderá obter uma conexão inexprimível com o show de uma das suas bandas favoritas.

(...)

Alone, Together.