16 de julho de 2009

avistando um novo ponto

Salve, galera!
Deixe que eu me apresente: Meu nome é Best Friend. Sim, a mesma citada a uns dois posts atrás.
Pois é Anna, eu pensei bastante sobre a sua pergunta. E aí? Temos mesmo uma geração? Não sei. Mas esse assunto não saiu da minha cabeça por essas semanas, então resolvi escrever. É o que fazem os pobres atormentados pelos pensamentos confusos com ideias mais confusas ainda. Enfim, espero apenas que pra você e pra vocês ele tenha alguma coerência. Ou não.



Fomos na sexta, dia primeiro, a uma exposição no CCBB. Foi interessante ver como os artistas expressavam seus sentimentos nas telas diante de uma guerra. Aliais o que seria a arte? Defini-la é um tanto complicado, mas uma coisa é certa: é uma explosão de sentimentos transformados em algo admirável, em algo profundo, filosófico. A exposição se chamava virada russa. Com quadros cubistas mostrando interpretações diferentes sobre a revolução russa. Quase sempre é assim. A arte imitando a vida e vice-versa. Já reparou que nos livros de história sempre tem a imagem de algum quadro pra ilustrar o momento histórico que se está estudando?

Artistas, sempre que deixam uma obra, seja ela literária, musical, teatral, pintada, mostram o que sentiam, com a linguagem e com a visão que se tinha na época. Mas eu me pergunto: daqui a alguns anos, como seremos estudados? Os jovens da era 2000. Caracterizados por... O que? Temos uma característica? Uma geração?

Bem, como jovens que se preze, buscamos o diferente, informação, novidade. Nos dias de hoje o que não falta é acesso a informação. Nascemos praticamente em frente ao computador, a televisão, ouvindo rádio, os vinis já estavam saindo de moda. Descobrimos em segundos, através de uma banda larga, quais são as tendências musicais do norte da Europa, por exemplo, sem ao menos sair do quarto. Sem contar que enquanto o computador baixa todas as musicas ou filmes possíveis, a TV tem mais de 100 canais com seriados, telejornais, novelas, do mundo inteiro.

Diante de tanta interatividade que a nossa querida globalização proporcionou, qual movimento seguir? Acho complicado decidir. Posso dizer ainda que nem se tem mais moda, porque o brega voltou a ser chique, os anos sessenta estão presentes nas roupas, bem como a musica eletrônica no MP3. MP3? Ou seria MP4? 5, 6 ou 7? Iphone, Ipode, Itouch? Não pisque. Porque quando abrir os olhos já vai ter um novo produto, um novo som, uma nova tendência. Mas você também pode voltar ao passado. Os vinis que saiam das lojas quando nascemos, agora voltaram que somos adolescentes. Gostar de Elvis dos anos cinqüenta não te faz mais ser um jovem careta.

A juventude sempre lutou por transformações. Na política, na educação, nos países e no mundo. Isso se refletiu e se reflete na arte. Hoje as transformações, principalmente tecnológicas, vem até nós, e isso também reflete na arte. Mas é tanta diversidade que os movimentos e tendências, da música a pintura, não tem uma característica única. Nossa busca agora é muito mais para nos mantermos ligados a tudo isso do que por uma transformação propriamente dita.Talvez no futuro sejamos estudados como geração X. Porque somos todos mutantes. Temos gostos e aptidões diferentes que tentam entrar em harmonia entre si. X-teen.