26 de maio de 2012

Havia mil motivos pra eu não estar naquele show

Tudo bruto. Esse batuque, cutuque, você. Passando a mão no meu joelho de pai no banco da frente.

Cinco anos a passos largos. Eu de menina, de dezesseis, de calça jeans e salto alto. O meu luto eu faço de vestidos e rasteiras. E evito o preto, porque ele me lembra a sombra. E toda penumbra merece o nosso beijo.

Uma geração de você. De vilão, de dezesseis, de calça jeans e all star verde. Eu queria saber dessa dimensão em que você vive a minha ausência. Que evita a confusão por uma espécie de zêlo ao mistério. Que o que explode contrai. E explode de novo.

Eu choro enquanto lembro. Rio quando quase esqueço. E é como aquele trecho do Vento, o trecho de você que me oferece um cerveja. O trecho da Lapa que a juventude resignifica. Você de significado. Eu de significante.

Eu quero escrever um bom texto pra você. E só pra você ler. Mas o dia que isso acontecer eu chuto comemoração de vinte anos de carreira. A gente vai assim, de cinco em cinco, benzinho. Bem como nada previsto que tá dentro do mínimo do seu espaço.

Aquela torcida pra nada se comparar ao que se compara. Eu acho que os nossos toques já mereceram música. A nossa distância merece muito mais.

Eu devo a minha inspiração ao que consigo sentir. Houve um show em que tudo me inspirou.

17 de maio de 2012

amar ante

escorrego pra ponta do selim
e o horizonte
vem de apito contra o vento

e a rima
que eu gosto
eu aposto
morre nesse ponto final.

1 de maio de 2012

O ufa de quando tudo acabar

- aí, mano, bô sa comida? Que ta com jeito de sobrá pra mim...

- Nada sutil, véi. Mas 2012 e o fim do mundo tão pedindo pôca sutileza meism.