21 de janeiro de 2011

Região agradável e corrupta

Tira o chopp que eu quero cerveja. Tira o short que eu quero cereja. Bota a mão em mim.

Puxa meu braço sem machucar. Pixa de spray sem ocultar. O casal fazendo do banheiro o seu jardim.

Que houve foi mais loucura. Tacaram um peão nessa ciranda. Nem notaram que o pecado encanta, que pra fazer ciranda tem que pecar.

Não sei se combina, mas digo candura. Prum diabo e olha lá. É um alienígena que fala a minha língua. Dando giros em murais de cores, é ele que eu quero escutar.

Te fizeram pra ter pouco pé no chão. Se tu cai, já tá na mão. Põe pra rodar um passado em três. Tava querendo fugir da fantasia, mas a paranóia me encontrou de vez.

E sumiu. Mandou um carta selada em paixão. Dizendo pra mim esquecer a razão. Toda escrita em português errado, pra logo salientar o pecado.

Minha dor dormiu. Se morreu eu sou um anjo de mochila nas costas. Se eu voei nada importa. O meu céu não fica distante, não tá ocupado, ninguém pode trancar. E é todo mundo jovem, não custa viajar.