27 de fevereiro de 2012

Ponto e vírgula

Eis a história de uma amiga. Uma amiga conhece dois homens. Dois homens passam por uma mesma dificuldade. Eles preferem se abster de manter amizade e que a amizade os mantenha. O que eu digo a essa amiga é que eles deveriam ler Rubem Fonseca. Andar com uns mano lá da quebrada. E deixar de ser viado.

Eu conheço esse tipo. Eu quero distância.

Eis o meu corpo nú. Em suas camas. Todo coberto. Até o rosto. Eles confessam algum problema psicossomático que os impede de agir em prol da comunicação e escolhem o lençol branco mais bonito e transparente pra me cobrir. De dedos cruzados pra cair uma chuva.

Eu conheço esse tipo, mas hoje eu acordei com uma vontade de me machucar...

Toda vez que eu penso nas minhas outras vidas eu penso em vocês. Me fantasio de diva com uma facilidade. Sucumbir ao melodrama é mais fácil ainda. Ainda assim ninguém aparece. Tá todo mundo comprando lençol branco bonito e transparente mundo afora.

Eis o meu azedume. Eu sou especial numa querência esquisita de quem não me quer. Das coisas babacas que ouvi por aí é que só se perde o que tem. Eu tenho uma amiga que conhece dois homens com o mesmo problema.