26 de abril de 2009

Admirando o astuto

Acho que perdi o jeito com as palavras. São meses sem lhes responder, sem me responder. Tenho pra mim que por isso venho falar de comunicação.

Na bagunça dos meus pensamentos de dezoito confundo significados e apelo para figuras de linguagem, quase sempre a metonímia nossa de cada dia. Ao fim penso que sei muito pouco. E saber muito pouco me avisa o pouco tempo que tenho para tanto descobrir. Como aprender a ser sábio em tão "pouco" tempo?

Venho ser oobjetiva e discutir a plenitude das palavras, mesmo com o meu mal lavado vocabulário. A inspiração partiu da recorrente auto-classificação de meus pensamentos como primitivos.

Atribuí a minha indignação para comigo mesma opiniões um tanto quanto adversas. Opiniões com quais nunca imaginei concordar, mas aqui estou me valendo de dois adjetivos absolutamente plagiados. Só me resta caracterizar meu raciocínio e minha conectividade de pensamentos e expressões de pensamentos como amadora e ingênua.

Quero falar do amadorismo atualmente. Tenho muito o que falar. Minha opinião é a de que os brasileiros são amadores por natureza. E a de que nunca na história se venerou tanto tal qualidade. Deixo o assunto pra outro dia, prometendo rapidez e esperando que a falta de técnica da minha abusada tentativa de expressão também seja venerada, ao menos acolhida.

Enxergo neste assunto anterior uma via de mão dupla; mais uma contradição. Mais prós. Mais contras. Então me cabe associar a este meu ponto de vista a ingenuidade. Sou a contradição em pessoa e admito não me esforçar muito para definir o sim ou o não. Quero distância da praticidade no que diz respeito ao pensar, ao concluir. Sou do contra.

Se sou a favor é pra te contrariar. Como algum dia irei convencer alguém como sendo uma comunicadora eu não sei. Sei que ninguém está atrás de confusão; todos só querem abrir o jornal e aderir a uma opinião por adequação. Eu nunca quis me adequar.

Se alguém está lendo o que acabo de escrever e sabe se existe mesmo memória virtual, me avise. Sou A ignorante em tecnologia. Não sei de que maneira escrever todas essas alucinações afetará minha futura carreira.

Sábado passado foi um desses dias em que me surpreendi cheia de esperança. Esperança essa originária de um artigo que li chamado "A astúcia das palavras". Fui chamada pela astúcia das palavras e no minuto seguinte recolhi a caneta no fundo da mochila e comecei a sublinhar "Em um mundo fascinado pelas imagens e pelas superfícies, os repórteres são vistos como guardiões da objetividade. Com seu apego aos fatos, eles nos impedem de enlouquecer".

Você deve estar se perguntando de onde brotou esperança. A resposta mais uma vez é a contradição: nas palavras do escritor. "'Um repórter não é um simples caçador de imagens (...) Ele deve saber captar as visões do espírito' (...) o jornalismo não é um espelho, em que o mundo se reflete serenamente, mas uma broca barulhenta que, aos trancos, o perfura. No fim do esforço, restam, apenas, palavras".

Possivelmente eu estou no caminho certo. Minha mente é uma batalha iluminista cercada de dúvidas entre o racional e o passional. Me apego aos fatos, mas sou amante das emoções. O que escrevo vem de sentimentalismo barato, de romantismo camuflado de ironia. O que falo já é mais como a tal broca barulhenta. No fim de esforço restam apenas essas palavras pelas quais me apaixonei. A tal linguagem da qual não abro mão.

O artigo também falou de coragem e ainda disse como a luta para um jornalista é uma ética. Me encantei. Vou terminando meu texto quase todo em intertextualidade.

Aos que perseveraram na leitura e detectaram, assim como eu, o contínuo uso das mesma palavras e dos mesmos encaixes linguísticos, considero essas observações parte de um estilo. Estou, agora, orgulhosa de tê-lo e por ora não me envergonho desse ser também um indício de amadorismo. Continuo me atrevendo entre versos.

"Seres da superfície, só com muito esforço afundamos o rosto no oceano. Somos, em definitivo, prisioneiros das imagens; só as palavras nos salvam de enlouquecer. Mesmo com elas, porém, devemos ser prudentes."

2 comentários:

  1. oi meu nome é anna e eu devia fazer literatura...aushuahsuahs
    brincadera
    fico muito bom o texto!
    gostei, migs. Só não posso dar uma opnião um pouco melhor por causa do meu posso de ignorancia... vc sabe... nao sou tao boa com palavras, mas oq posso dizer é que gostei.

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