23 de outubro de 2011

Cadê o gosto da panqueca? - parte 2

Matei outro homem. Não. Foi ela. Quer dizer, você. Na verdade, comprei o congelado. Já faz tempo eu quero saber qual o gosto daqueles tipos enfeitados por photoshop. Mas sabe de outra coisa que não mesmo se relaciona com a minha declaração? O amanhecer em Botafogo é bonito purdemais e uma pena eu só tê-lo podido viver duas vezes.

Cheguei em casa e tirei do freezer a tal carne. Eu passei dias namorando o saco lá no fim da prateleira coberta de gelo. Prato preferido dá uma vontade de apressar o preparo e um medo do sabor não ser mais o mesmo que no final parece que você pôs a mesa à toa. É por isso que eu detesto coisa que se exibe pela internet. Pré-vestibulandos, em estatística a rede nunca esteve tão cheia de maquiavélicos virgens. Eu não resisto a corte dado de maneira semelhante. Tive que comprar o pedaço que a outra menina matou.

Quando descongelou que eu vi tudo podre. Às vezes eu também acordo com uma coceira no olho e não dá pra enxergar nada direito. Lá em casa dizem que se estragado é pra jogar fora logo; eu fiz. E fiquei comendo daquela panqueca de antes. Aquela panqueca não cede, nem se aproxima. Fica cheirando bom e meu nariz entope sempre na hora de saborear. Minha saúde é problemática demais para quem mata e come tanto.

Enfim - que eu estou com essa mania de falar assim agora - encontro de matadoras parece evento mais interessante que Rock in Rio. Come-se melhor que o sanduíche sem gosto, que você se matou um pouquinho pra fazer.

De repente minha intenção agora é ser tão otimista que chega a constrager, mas já que na minha fantasia você se matou bem pouco, deixa só a marca no esmalte vermelho provocante. Aceita um chopp comigo pra não falar de homem nenhum a matar. Eu gosto de batata frita e bacon, de bastante ketchup e seria ótimo falar dos que estão mortos. Dessa vez dos caras já consagrados que reconheço na minha escrita e na sua. Tratar de como é bom textuaizar o contexto e como a sensibilidade femina deve irritar.

A quem matou o carinha do congelado, eu digo que devemos conversar sobre Machado, Joyce... Desses outros caras que falo.

Amanhecer em Botafogo é muito bom. Tem poesia que fica no papel. E gente bacana que eu não sei bem como eu admiro a atitude de vir puxar papo.

Prazer. É mais ou menos assim que falo.

Um comentário:

  1. Prazer.
    Eu aceito um chopp. Gosto também de batata frita com bastante ketchup.

    Falo com a mesma sensibilidade feminina que irrita tanto, com as mesmas palavras bobas que só a gente entende o tanto de significado que tem ali. A tamanha importância da insignificância de nossos sentimentos. Por isso, fui essa gente bacana que sem mais nem porquê veio puxar um papo que não sabe muito bem onde vai dar. Mas eu falei sério, eu acredito que seria mais interessante que Rock in Rio. (menos se o strokes e o the killers estivessem no Rock in Rio, desculpa. hahaha)

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