8 de agosto de 2013

A profecia
















Com a chegada da primavera o mundo sucumbirá a um precipício extenso entre o sul e o norte. Nesses tempos de hoje nada que afaste. O solo em depressão é o calo da gente ao revés. Um incômodo nítido e impaciente. Tende logo a se sarar.

É com o aviso que espero ver todas as companhias aéreas se compadecendo.

A causa nessa eventualidade é um misto atípico de acaso e saudade. Um acúmulo inesperado de não ficar na vontade. Uma sedimentação involuntária de conversas sinceras, olhares furtivos e brechas covardes. E a covardia sucumbe à coragem que sucumbe à covardia que sucumbe à coragem... Que torna tudo mais profundo.

Dessa maneira é complicado prever com que frequência, mas pouco a pouco enfileram-se corações conectados prestes a se jogar. O acontecimento tomaria proporções incalculáveis a partir de um suposto declive também entre leste e oeste. As consequências se dariam em progressão.

No entanto, nada desastroso. Coração que se joga o vento leva. A previsão do impacto não há de remediar. E o King Size no terceiro volume da sua extensa obra observou que a loucura era a dose certa entre a falta e a vontade. De tal maneira o que preenche a brecha da saudade.


E nós estamos tratando de brechas. De eu e de você e das malditas companhias aéreas.

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