Era uma vez uma menina que tinha pacto com o diabo. Um dia ela chegou a sala e anunciou pra toda família que a prima fazia sexo com um sujeito. Falou isso como nenhuma outra criança de dois anos falaria. Aos seis comia uva de garfo e faca, aos nove fazia professoras lhe arremessarem tamancos, aos douze destruiu a exposição que valia ponto na última fase da olimpíada de conhecimento. Mas ainda assim em seus intervalos solitários não se faziam lacunas. No terceiro degrau do segundo lance de escadas do quinto andar, ninguém sabia quem era a estranha a gargalhar do verso da embalagem de Ana Maria. Ninguém poderia acreditar.
Sem causar muitas suspeitas, ela continuou a trabalhar. Chamava um ou dois menores, tirava monstros da televisão e como a fazia bem causar o pânico. Arrancava uma página daqui, colava noutra página alí e lá estavam as fábulas em confusão. Cada dia com uma gargalhada diferente, inventando que não sabia espirrar. Mas ainda assim ninguém desconfiava. Achavam bonita a história da Voz.
A Voz era um amigo, sem muitas requisições. "Era o murmúrio de um fingimento e a encarnação da verdade sem medo." E dizer isso era fazer todos acreditarem no que dizia. Ela criou o engano e ninguém percebeu. Por isso o Diabo lhe deu nome de Anna, a que engana. E Luiza, a que enfeitiça. Mudou a grafia da Voz e tomou o mundo de inexatidão. Ela passou a se chamar Segunda Pessoa do Plural desde então.
Para os íntimos, Vós. Para as belas donas, Vossa. Para Anna Luiza, Vossa Válvula de escape.
Minha empregada dizia que criança que fala sozinha tem pacto com o Diabo. Desde que descobri resolvi compactuar...
Sem causar muitas suspeitas, ela continuou a trabalhar. Chamava um ou dois menores, tirava monstros da televisão e como a fazia bem causar o pânico. Arrancava uma página daqui, colava noutra página alí e lá estavam as fábulas em confusão. Cada dia com uma gargalhada diferente, inventando que não sabia espirrar. Mas ainda assim ninguém desconfiava. Achavam bonita a história da Voz.
A Voz era um amigo, sem muitas requisições. "Era o murmúrio de um fingimento e a encarnação da verdade sem medo." E dizer isso era fazer todos acreditarem no que dizia. Ela criou o engano e ninguém percebeu. Por isso o Diabo lhe deu nome de Anna, a que engana. E Luiza, a que enfeitiça. Mudou a grafia da Voz e tomou o mundo de inexatidão. Ela passou a se chamar Segunda Pessoa do Plural desde então.
Para os íntimos, Vós. Para as belas donas, Vossa. Para Anna Luiza, Vossa Válvula de escape.
Minha empregada dizia que criança que fala sozinha tem pacto com o Diabo. Desde que descobri resolvi compactuar...
isso foi forte!
ResponderExcluirMuito bom!
tbm tive amigos imaginários... talvez os tenha, estejam dormindo.
Um beijo
...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
ANNA
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CARROS DE FUEGO, MEMORIAS DE AFRICA , CHAPLIN MONOCULO NOMBRE DE LA ROSA, ALBATROS GLADIATOR, ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER ,CHOCOLATE Y CREPUSCULO 1 Y2.
José
Ramón...