19 de outubro de 2009

Sem querer querendo

Ainda duvidam da astúcia da internet. É ela que faz as palmas das mãos da mocinha grená como seu esmalte da moda. Porque ela não sabe navegar por abismos; ela tenta; faz de tudo; mas sua vida é uma grande imensidão de cores. Formas que vão além das teorias filosóficas, ela sente. E sentir é mais do ser real ou não. Um conselho: aprenda com as aulas de filosofia. Ou Matrix vai ser só um filme na estante.

Uma fantasia talvez. Lá vem o menino por a mão na orelha do monstro pra contar que é mentira. E não é. Não foi. Agora é nada. Agora a mocinha corre pelo seu mundo novo despertando bons sentimentos nas criaturas mais obscuras, contando seus causos antigos. Por que não? Isso ela pode dizer que é só dela. Apesar dela ser comunista, querer dividir com o todo.

Fica calmo monstro, que a mocinha vai morrer em Terabítia. Vai ser só menino e monstro. Monstro bom, menina só tem medo de perder a amizade do menino, porque seu mundo é colorido de qualquer jeito. Em qualquer cosmos. Ela ta num outro plano. Mas é ser alimentado de ilusões que não abre mão de viver. Sua vida é melhor agora, depois da morte.

Ela renasceu mulher, sem ser feita mulher. Ela faz novos amigos meninos, porque sempre foi mais fácil. Ela doa as histórias, oferece tintas, e tem menino que até gama. Que ela esnoba. Continua correndo atrás dos amores impossíveis. Acabou de se dar conta de como nada foi em vão. Porque o monstro tem sentimento e morre de ciúmes, ser real às vezes nem faz sentir; às vezes o sonho faz mais.

Menino, segue seu rumo. Que a menina sabe que é só fantasma. Que ela ta feliz que o menino e o monstro se dão bem, que o monstro é tão de carne e osso. Ela vai continuar criando com as migalhas, não fique chateado. As migalhas tomam um significado maior pra ela. Ela já te esqueceu menino, ela ta rindo, ela ta gargalhando.

Já veio um gigante. Um anão. Uma louca. O samurai não foi embora e de boneco virou homem. E de homem ta virando a cabeça dela. Não mais que os dois furos no pescoço, que loucura! Os furinhos ficam melhor no pescoço! Mesmo sendo só uma ilusão.

A realidade é um possante, que te pega na margem quando você menos espera, e te carrega. O limite é muito pouco para ela dar importância.


...

Esse é um conto. Espero ponto da louca, do anão e furos no pescoço.

6 comentários:

  1. Esse conto está cheio de metáforas para falar disfarçadamente de experiências reais ou é impressão minha? Achei legal.Já tem o seu estilo.

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  2. sei que eu conheço você, e não ela. que eu sou seu amigo, e não dela (e que, portanto, você está falando a verdade, e não ela). mas que ela escreve melhor, escreve...

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  3. mentira. li todo o blog dela e retiro o que eu disse. ela só tem umas inspirações certeiras e é menos maníaco-depressiva que você

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  4. Ai ai...
    Acho que nao preciso comentar né?
    Amo você, você é DEMAIS !

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  5. "sei que conheço você, e não ela. que sou seu amigo, e não dela" ( e que, portando, devias conhecer os dois lados antes de se posicionar)

    menino.

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