6 de março de 2013

A Louca


No canto mais alto e estridente do caos existe um cabana. Dentro dela mora uma Louca. Durante séculos dos incontáveis momentos de ócio nessa inexatidão ela havia sumido. Deixando uma música do Little Joy, deixando uma revanche, deixando a vontade, deixando Dê de Dé em quase todo início das frases.

Daí então pintou uma traição. Coisa que Louca nunca vai entender. Deu briga entre o ser, o saber e o querer. Foi tudo culpa da alucinação, da falta de fé; da falta de Dê no Dé.

Na história chegou enfim um cara feliz. O melhor amiga da Louca. O melhor amigo de todos. Ele destruiu aos poucos a cabana e pediu que ninguém o contasse de tudo o que fazia sem saber.

Um dia a Louca ligou, pediu todos os detalhes e o mundo pôs-se a tremer e girar, pôs-se feliz a cantar. Tudo ficou rosa, azul, quadriculado e branco. Tudo ficou meio manco, sem o fim pra completar.

Agora a Louca está aí, dentro de mim como antes. Fazendo frágil o durante de quando a gente está a sonhar.

Um comentário: