27 de novembro de 2009

Metodologia do processo inspiracional

Prefiro escrever raivosa. O amor não me inspira tanto. Um amor perdido me inspira muito mais.

Ora, que constatação mais feia! E a pura verdade. A não ser pelo fato deu sentir e não escrever e sentindo, não esquecer, nem ter tempo pra escrever, nem pra mim, nem pra ninguém. Mas acho que isso que eu sinto é paixão. A sede de inspiração é amor. É quase contradição (dessas que ninguém resiste).

Gosto muito é de manter a discussão. Dar voz aos outros e falar demais. Aí também tem inspiração. Tem troca, tem ânsia e frio na barriga.

Ora, e que barriga mais friorenta a minha! Vou te contar que me jogo muito e nunca o suficiente. [que é suficiente?] Posso pular de um muro imenso e cair rindo lá embaixo. Posso me sentar no meio do muro, tentando me equilibrar, com muito medo de pular, curtindo o friozinho. No fundo sou mariquinhas também. E quem não é?

É, de certo é paixão mesmo. E paixão pode até me inspirar... Pois não sufoca e não liberta. Fica lá no meio do muro; dando frio na barriga.

Um dia eu pulo. Eu to só tentando conquistar o muro...

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