25 de janeiro de 2010

Versim

Vão ser dois passos e virada curva
Eu já me meti num caminho desses
Já medicada não faço besteira
O doutor de zueira me escapa por vezes
Mas tonta perco a direção na estrada turva

Vão ser dois passos e virada curva
Seu canto de boca não é mais surpresa
Estou a deslizar minhas mãos
Num toque de boba menina indefesa
A curva é de lembrar em ilusão
A mão é minha, uma quase viúva

Vão ser dois passos e virada curva
Devo nem devo virar
Viro a mão-fantasma na cintura de esquerda
A direita que finge endireitar
E tenta encaixar, só vai caçoar
Giro já pasma pra aventura que é perda

Vão ser dois passos, dessa vez eu sigo
... foram breves instantes de Chico
: Nem o Destino vai te dividir!
Ai, hoje as tardes foram um perigo
Lembrei do menino que eu quero seguir

Vão ser dois passos, eu não decidi
Parada de olhos fechados e de toque nos lábios
Enganchada, que sábios não ficam de olhos fechados
Se fosse mentira eu chamava guri
Se é que suspira não é no Chuí
Não vou revelar que eu já decidi

Passaram dois passos que eu passei
Digamos ainda que ainda não sei
Vão ser dois passos e virada curva
Breves passados caem como luva
Na mão viúva de quem quer sentir
Estou esperando quero que saiba
Talvez ainda caiba que fui sem querer partir

Um comentário:

  1. Que versim bonitinho.Só que eu achei confuso. Do que você está falando afinal? Uma difícil caminhada? Aventura de uma menina? Morte?Dúvidas?Vida?
    Adorei a parte do Já medicada não faço besteira. Quem me dera!
    Se eu entendesse,talvez eu gostasse mais. Ô poetisa, vê se não complica tanto.Minha interpretação de texto anda fraca pra tanta metáfora.

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